“Em nome de Deus e das Leis que regem o País, declaro encerrada mais essa sessão ordinária”.
Alexandre Piquira, presidente da Câmara de Vereadores de Machado, ao final de cada sessão ordinária do Parlamento Municipal.
AUSENTE
Eleito para a Comissão de Finanças, Justiça e Legislação, o vereador Matheus Jovem de Deus não compareceu, sequer, uma reunião interna, desde o início do ano. São reuniões à parte, fora do expediente normal das sessões ordinárias da Casa, às segundas-feiras, às 18 horas.
Da mesma forma, membro da Comissão Processante que analisa processo que poderá levar à cassação do prefeito Julbert Ferre, Matheus Jovem de Deus tem demonstrado apatia, para não dizer distanciamento, dos trabalhos da Comissão Processante; momento nunca visto na história política de Machado.
O nome de Matheus foi indicado à Comissão Processante através de sorteio. Luiz da Emater é o presidente e Alexandre Piquira, o relator.
NOME DE DEUS
Vereador que adotou a ‘alcunha Jovem de Deus desde a campanha eleitoral passada, Matheus, principal porta-voz do Governo Julbert Ferre, na Câmara, terá que agir se pautar pela justiça, pelo discernimento e pelas Leis, para analisar e julgar as denúncias e documentações apresentadas à Comissão Processante. – Tem o dever moral, como legislador e fiscal do povo, de ler tudo, afinal, através do voto, foi-lhe outorgado o direito de fiscalizar, de forma mais próxima, os atos do Executivo.
Nesses casos, tem valor, aos olhos da sociedade, o posicionamento técnico.
PODERES INDEPENDENTES
Evangélico, Matheus Jovem de Deus terá que recorrer à tripartição dos Poderes, teoria de Monstesquieu, que, em 1748, escreveu obra sobre a divisão dos Poderes. Monstesquieu dizia que ser necessário a divisão entre os Poderes. “Que o Poder controle o Poder, pois, o homem no poder, não é confiável”.
HARMONIA E INDEPENDÊNCIA
Ontem, sexta-feira, dia 10, o jurista Ives Gandra da Silva Martins, professor emérito da Escola do Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra, escreveu artigo no jornal Folha de S. Paulo. Harmonia e independência dos Poderes. Falava da relação conflituosa do Presidente da República com o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.
Ives Gandra escreveu, à página 03, da Folha de S. Paulo: “dos três Poderes, o mais representativo é o Poder Legislativo, pois nele todo o povo está presente (situação e oposição), vindo a seguir o Executivo, em que a maioria apenas está representada e, às vezes, nem a maioria, quando há segundo há segundo turno nas eleições”.
FREIOS E CONTRAPESOS
Nas mãos do jovem vereador Matheus, que claramente, vive um conflito interno, estarão os tão famosos ‘freios e contrapesos’, que dão equilíbrio e evitam a tirania de um Poder sobre o outro; ou, sobre o povo.
Pela frente, um processo de cassação nunca visto na história recente da política de Machado. Nas mãos de evangélicos e católicos, políticos jovens e mais experimentados, estarão a Justiça e as Leis; documentos e fatos.
OLHO VIVO
Quando não impera a harmonia entre os Poderes, que haja independência entre eles.
Matheus Jovem de Deus, vereador por Machado
Parte da Coluna Resenha Semanal, veiculada no jornal FOLHA MACHADENSE, dia 11/07/2020.