A nova estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada na terça-feira (13.06), revela que Mato Grosso, maior produtor nacional de grãos há doze safras seguidas, deverá colher 97,47 milhões de toneladas neste ciclo, volume que se confirmado, aplicará um crescimento de 12,7% sobre o recorde da safra passada, quando foram produzidas 86,48 milhões. De um ano-safra ao outro há um adicional de quase 11 milhões t.
Ainda sobre números inéditos, a oferta projetada a Mato Grosso ultrapassa a média de 28% a 29% do total nacional. Se tudo se confirmar conforme projeção da Companhia, a safra mato-grossense representará sozinha, quase 31% de tudo que o País deverá contabilizar em 2022/23. A estimativa é de que o Brasil oferte 315,8 milhões t.
As três maiores culturas de Mato Grosso têm projeção de alta na comparação com a safra 2021/22 e o destaque segue com o milho segunda safra, ou safrinha, cuja estimativa é de somar recorde de 47,54 milhões t e assim superar a oferta local de soja. Com a colheita da oleaginosa já consolidada no Estado, a Conab registra produção de 45,60 milhões t, que mesmo sendo recorde, não foi suficiente para se sobressair ao cereal.
“Mato Grosso, principal estado produtor, registra um novo recorde para a safra da oleaginosa, com produção estimada em 45,6 milhões de toneladas. Bahia também é um destaque com a maior produtividade do país com 4.020 kg/ha. Nos dois casos, o resultado é reflexo do bom pacote tecnológico e condições climáticas favoráveis neste ciclo”, ressalta o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos.
Conforme os números para o Estado, a produção de algodão em pluma cresce 18,8% passando de 1,76 milhão t para 2,09 milhões t. A soja, cuja área plantada aumentou 13,6%, ultrapassando 12 milhões de hectares – superfície inédita – aumentou em 9,9% a oferta, passando de 41,49 milhões t para 45,60 milhões t. Já o milho, com alta anual de 15,7% na oferta, deverá finalizar o ciclo com 47,54 milhões t ante 41,10 milhões t. Em relação à área plantada, a expansão foi de 13,6%, saindo de 6,48 milhões de hectares para 7,36 milhões, registro também inédito.
Fonte: Pensar Agro