Accountability e a gestão pública
Adriana Lemos*
Você já ouviu falar em “Accountability”? Essa pergunta foi dirigida a mim durante o último processo eleitoral em Machado. Mais do que uma pergunta em um debate eleitoral, essa palavra é prática e significa, na administração pública, prestação de contas para demonstrar a aplicação eficaz e eficiente dos recursos públicos; compromisso; pro-atividade; controle; fiscalização; transparência na prestação de contas; responsabilização pela correta utilização dos recursos e pelos resultados.
Hoje, temos duas gestões públicas em destaque no Brasil: Romeu Zema, na governança de Minas Gerais e Tarcísio de Freitas, em São Paulo.
Um dos princípios de governança de Zema é não gastar mais do que se arrecada. “A conta vem e não demora”, comentou o governador de Minas em uma de suas falas recentes.
Tarcísio de Freitas, em seu início de Governo, declarou que não ficará culpando a gestão passada, mas fará o que precisa ser feito pelo Estado de São Paulo.
Gestores como esses não usam de populismo, revanchismo… eles simplesmente fazem o que precisam fazer. E o resultado vem!
A aplicação responsável é correta dos recursos públicos faz toda a diferença: gastar menos do que se arrecada, prever, organizar, comandar, coordenar (pilares de uma gestão bem sucedida).
Os quatro pilares do accountability são:
*reconheça o problema; assuma a responsabilidade dos problemas e dos resultados; formule soluções para situação; aplique as soluções e resolva o problema.
Mais do que um pergunta, accountability é uma regra a se gerir. – Temos “gestores e gestões”…
Há os que ainda culpam gestão passada estando já no seu terceiro mandato.
Os problemas estão aí para serem resolvidos. O básico precisa chegar à população!
Mas ao invés de encontrar soluções viáveis, vemos aumento de impostos e de cargos comissionados.
E, por incrível que pareça, ainda presenciamos recursos de emendas parlamentares sendo devolvidos; verbas que deveriam ser empregadas no desenvolvimento da cidade. Em Machado, vereadores questionaram o fato da devolução. A sociedade aguarda respostas aos Requerimentos.
A prova é que só o conhecimento da palavra não produz “gestão competente”.
Até quando pagaremos a conta?
*Adriana Lemos Caixeta Vieira é graduada em Pedagogia e pós-graduada em Didática [Fundamentos Teóricos da Prática Pedagógica]. É pós-graduanda em Neuropsicopedagia Clínica. Foi gestora por 13 anos na Escola Estadual Dom Pedro I. Vencedora do Prêmio Gestão Escolar/2011, em nível estadual, representando Minas Gerais em Washington e Minnesota, nos EUA. Foi candidata à Prefeita de Machado na última eleição. N.R. Texto publicado, originalmente, no jornal FOLHA MACHADENSE, dia 15/04. O artigo não expressa, necessariamente, o pensamento do Jornal. - Adriana Lemos escreve quinzenalmente na FOLHA.