segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

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Mercosul: Lula defende ‘resposta rápida e contundente’ a acordo com UE

Lula defende acordo entre Mercosul e União Europeia
Ricardo Stuckert/PR

Lula defende acordo entre Mercosul e União Europeia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (4), durante cerimônia na qual assumiu a presidência do Mercosul , que é necessário que a organização “apresente uma resposta rápida e contundente” às condições propostas pela União Europeia para um acordo comercial entre os blocos, classificadas por Lula como “inaceitáveis”.

“Estou comprometido com a conclusão do Acordo com a União Europeia, que deve ser equilibrado e assegurar o espaço necessário para adoção de políticas públicas em prol da integração produtiva e da reindustrialização. O Instrumento Adicional apresentado pela União Europeia em março deste ano é inaceitável. Parceiros estratégicos não negociam com base em desconfiança e ameaça de sanções. É imperativo que o Mercosul apresente uma resposta rápida e contundente”, declarou o presidente, em discurso de abertura da 62ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, em Puerto Iguazú, na Argentina.

A proposta da União Europeia tem sido um entrave na negociação entre os blocos por prever sanções em questões ambientais e por gerar possíveis limitações ao comércio local.

“É inadmissível abrir mão do poder de compra do estado, um dos poucos instrumentos de política industrial que nos resta. Não temos interesse em acordos que nos condenem ao eterno papel de exportadores de matéria primas, minérios e petróleo”, disse Lula.

Em seu discurso, o presidente ainda se mostrou interessado em “ampliar e aprimorar os acordos comerciais com Chile, Colômbia, Equador e Peru”, além de fechar novos acordos com Canadá, Coreia do Sul, Singapura, China, Indonésia, Vietnã e países da América Central e Caribe.

Lula também voltou a defender uma moeda comum entre os países do Mercosul para negociações comerciais. “A adoção de uma moeda comum para realizar operações de compensação entre nossos países contribuirá para reduzir custos e facilitar ainda mais a convergência. Falo de uma moeda de referência específica para o comércio regional, que não eliminará as respectivas moedas nacionais”, afirmou o presidente.

Fonte: Economia