domingo, 22 de dezembro de 2024

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Linfoma não Hodgkin: entenda tudo sobre a doença de Jorge Aragão

Linfoma não Hodgkin: o que você precisa saber sobre a doença
Reprodução: Instagram

Linfoma não Hodgkin: o que você precisa saber sobre a doença

Após uma bateria de exames, o cantor Jorge Aragão, 74 anos, recebeu o diagnóstico de câncer. O Linfoma não Hodgkin é um tipo de câncer que afeta o sistema linfático, que envolve os vasos e gânglios linfáticos. A doença se manifesta principalmente nas estruturas linfáticas, podendo se espalhar para outras partes do corpo.

Segundo dados do INCA, estima-se que entre 2023 e 2025, o Brasil possa registrar aproximadamente 12.040 novos casos de linfoma não Hodgkin anualmente, sendo 6.420 em homens e 5.620 em mulheres, representando um risco de 5,57 a cada 100 mil habitantes.

Otávio Baiocchi, onco-hematologista e diretor do Centro Especializado em Linfoma, Mieloma e Terapia Celular do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, respondeu a algumas perguntas sobre a doença:

1- O que é o linfoma não Hodgkin que recentemente afetou o cantor Jorge Aragão? Quais são seus principais sintomas?

O linfoma não Hodgkin é uma doença que surge nos linfócitos responsáveis pela defesa do organismo. É caracterizada pelo aumento dos gânglios linfáticos em regiões como pescoço, virilha e axilas, e causa inflamação no corpo. Os principais sintomas incluem perda de peso, febre sem causa aparente, suores noturnos e aumento dos gânglios. Caso esses sintomas persistam por mais de uma semana, é importante buscar orientação médica para um diagnóstico preciso.

2-Quais são os fatores de risco associados ao desenvolvimento do linfoma de Hodgkin?

Na maioria dos casos, não existem fatores de risco identificados para o linfoma de Hodgkin e não Hodgkin, e não há hereditariedade envolvida como em outros tipos de câncer, como o de mama. Alguns fatores de risco menos comuns incluem exposição a inseticidas, benzeno e tratamentos quimioterápicos e radioterápicos. Além disso, o linfoma de Hodgkin ocorre com mais frequência em jovens de 15 a 30 anos, enquanto o linfoma não Hodgkin é mais comum em adultos de 40 a 50 anos.

3-Existe alguma forma de diagnóstico precoce para identificar o linfoma de Hodgkin?

Estar atento aos sintomas, especialmente ao aumento dos gânglios linfáticos sem causa aparente, é importante para um diagnóstico precoce. Buscar informações e procurar ajuda médica o mais rápido possível são as melhores formas de prevenção antecipada.

4-Quais são as opções de tratamento disponíveis para pacientes diagnosticados com linfoma de Hodgkin?

As opções de tratamento incluem imunoterapia, quimioterapia e radioterapia. Como existem mais de 60 tipos diferentes de linfoma, os tratamentos são específicos para cada caso, podendo envolver combinações que melhor atendam ao objetivo de cura. Em estágios mais avançados da doença, pode ser necessário o transplante de medula óssea.

5-Quais são os objetivos do tratamento e como os pacientes podem lidar com os efeitos colaterais?

O objetivo do tratamento é restaurar as funções saudáveis da medula óssea, permitindo que o paciente recupere sua capacidade de defesa do organismo. Os efeitos colaterais, como náuseas, vômitos e desconforto estomacal, são menos frequentes atualmente, mas a baixa imunidade é um dos principais desafios a serem enfrentados.

6-Quais são as medidas de acompanhamento recomendadas após a remissão da doença?

O acompanhamento tem como objetivo monitorar o paciente em sua volta às atividades normais, por meio de exames de sangue e de imagem. Estabelecer uma relação de confiança entre o médico e o paciente é fundamental para garantir a saúde integral e identificar possíveis recaídas.

Fonte: Saúde