sábado, 23 de novembro de 2024

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Governo marca leilão para comprar 300 mil toneladas de arroz em meio a protestos de produtores

Apesar dos protestos dos produtores, o governo federal marcou para a próxima semana o primeiro leilão para a compra de 300 mil toneladas de arroz importado. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizará o leilão na quinta-feira, 6 de junho, às 9h. Durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 29 de maio, o presidente da Conab, Edegar Pretto, afirmou que a intenção do governo não é desafiar os produtores nacionais, mas sim garantir o equilíbrio do mercado.

Na semana passada, Isan Rezende (foto), presidente do Instituto do Agronegócio (IA), criticou duramente a Conab, acusando-a de omissão na gestão dos estoques de arroz. Segundo Rezende, essa falha resultou na necessidade de importar um milhão de toneladas do cereal. “A incompetência e ineficiência da gestão da Conab são as verdadeiras responsáveis pelo desespero do governo federal em importar arroz”, afirmou.

Rezende destacou que, em anos anteriores, a Conab mantinha estoques estratégicos que garantiam a regularidade do abastecimento. No entanto, nos últimos dois anos, essa função crucial foi negligenciada, deixando o país desabastecido.

LEILÃO – Caso venha a acontecer o leilão (já foi cancelado uma vez), produto poderá ser entregue à Conab em até 90 dias, ou seja, até 8 de setembro, sem a cobrança de multa. O preço máximo de aceitação para o fechamento da compra será definido pela estatal e divulgado até dois dias úteis antes da realização do certame. Não haverá incidência de ICMS ou outros tributos sobre o preço final.

O arroz importado será vendido a mercados, supermercados, hipermercados, atacarejos e outros estabelecimentos comerciais, incluindo equipamentos públicos de abastecimento, com um preço final tabelado de R$ 4 por quilo. Os pacotes terão a logomarca do governo, garantindo transparência no processo de venda.

O aviso de compra indica a distribuição do arroz importado para quase todos os estados do país. Os volumes previstos por unidade da federação são:

  • Amazonas: 1,5 mil toneladas
  • Amapá: 1,152 mil toneladas
  • Bahia: 18 mil toneladas
  • Ceará: 18 mil toneladas
  • Distrito Federal: 12,234 mil toneladas
  • Espírito Santo: 27,360 mil toneladas
  • Goiás: 9 mil toneladas
  • Maranhão: 27 mil toneladas
  • Minas Gerais: 93,3 mil toneladas
  • Mato Grosso do Sul: 3,135 mil toneladas
  • Mato Grosso: 5,565 mil toneladas
  • Pará: 4,5 mil toneladas
  • Paraíba: 13,824 mil toneladas
  • Pernambuco: 30,003 mil toneladas
  • Piauí: 3 mil toneladas
  • Paraná: 10,740 mil toneladas
  • Rondônia: 3,4 mil toneladas
  • Roraima: 0,915 mil toneladas
  • Rio Grande do Sul: 11,643 mil toneladas
  • Santa Catarina: 4,275 mil toneladas
  • Tocantins: 2,454 mil toneladas

O presidente da Conab, Edegar Pretto, enfatizou que a medida é necessária para assegurar o abastecimento e prevenir a escalada dos preços, garantindo que o arroz esteja disponível para todos os brasileiros a preços justos. Os produtores nacionais, no entanto, continuam a expressar preocupação sobre o impacto dessa importação no mercado interno.

Fonte: Pensar Agro

Fonte: Pensar Agro