O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reiterou a postura do Brasil frente às imposições da União Europeia no comércio de produtos agropecuários. Fávaro enfatizou que o país não aceitará que a Europa dite quais regras os produtores brasileiros devem seguir, especialmente no que diz respeito ao novo Regulamento de Desmatamento da União Europeia (EUDR).
A legislação europeia, conhecida como “moratória da soja e da carne”, que entrou em vigor em junho do ano passado, estabelece restrições à importação de produtos como gado, café, óleo de palma, madeira, borracha, soja e cacau, e seus derivados, caso provenham de áreas desmatadas após o final de 2020.
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Essa medida tem gerado preocupação e revolta entre os produtores brasileiros, pois não se restringe apenas ao desmatamento ilegal, abrangendo também o desmatamento legalizado pelas leis locais.
Fávaro ressaltou a importância do respeito à soberania tanto do Brasil quanto da União Europeia em eventuais acordos comerciais. Ele enfatizou que o Brasil não abrirá mão da sua autoridade em fiscalizar produtos do campo livres de desmatamento, citando o rigor do Código Florestal brasileiro e a conformidade da maioria esmagadora dos produtores com as leis ambientais.
A insistência da União Europeia em estabelecer novas diretrizes para produtos associados ao desmatamento pode afetar as relações comerciais entre o Brasil e o bloco europeu.
Fávaro destacou que, caso haja uma imposição excessiva por parte da Europa, o Brasil buscará alternativas, como a ampliação das relações comerciais com outros mercados, como Ásia, Oriente Médio e África.
Fonte: Pensar Agro