sexta-feira, 26 de julho de 2024

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ESPORTE: “Na fila de espera”, sobre pandemia e o esporte no mundo

ESPORTE

NA FILA DE ESPERA

Brasileiro está acostumado com filas. Isso é indiscutível! Fila para entrar na agência bancária, fila à porta da loja, na farmácia, no cinema, no teatro, na padaria e até pra pegar o ‘busão’.

Diante da situação pandêmica que já dura quase dois anos, em que lugar da fila nós estamos?

Não pergunto com relação às vacinas, mas, com relação ao progresso de retorno a uma vida controlada; apesar de uma coisa estar ligada à outra.

Estou dizendo isto, claro, com relação principalmente ao esporte praticado no Brasil: o futebol. Por que tem que ser o último? Por que não ter o mesmo peso e medida que as outras atividades?

Em outros países, estádios de futebol têm seu público retornando aos poucos. A NBA, em seus playoffs finais, lota as arenas nos Estados Unidos. No automobilismo, no futebol americano, no rugby e em várias outras modalidades, fora do Brasil, verificamos que as coisas estão funcionando; o público pode acompanhar as partidas, dentro, claro, das normas de segurança sanitária.

E o Brasil? Por que nossa hora não chega nessa fila de retorno ao nosso esporte? Sem entrar em questões políticas e sem apoiar governo, a questão é: nosso esporte está ficando para trás.

Se não acontecer nada nos próximos dois meses, a ‘quebra’ vai ser maior do que esperada. Isso sem falar nos esportes municipais, os menores. Esses, só Deus pra salvar.

O esporte está morrendo, nossas quadras vazias, nossos campos vazios e nossa profissão ameaçada, desvalorizada e esquecida em meio à tanta confusão.

É triste, mas é a realidade. Primeiro, o vírus para interromper o jogo e, agora, a falta de valor que a sociedade tem com o esporte.

É lamentável ver pessoas dizendo: não precisamos dessa porcaria de esporte! Precisamos de hospitais e mais segurança!

Mal sabem elas que, se tivéssemos mais esporte, precisaríamos bem menos de hospitais e presídios.

Sem mais…

FÁBIO RIBEIRO
Prof. de Educação Física

Fila à Praça Antônio Carlos, que leva a uma agência bancária. Machado, MG, dia 29 de junho de 2021