quinta-feira, 28 de março de 2024

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“ENSINAR É UMA ARTE” / Roberto Órfão, sobre a obra de Luiz Alves Jr.

“ENSINAR É UMA ARTE”

Roberto Camilo Órfão Morais

No mês que se comemora o dia do professor (15/10), os educadores vivem momentos de desafios no Brasil e no mundo, onde compreender essas vicissitudes se faz necessário. Os riscos, medo e instabilidades gerados pela Pandemia da COVID-19, provoca um repensar da prática do ensinar e do processo de aprendizagem. Em meio à toda essa turbulência a leitura reflexiva da mais recente obra do professor Luiz Alves Jr., educador apaixonado pelo que faz.

Paulista de Pirassununga, criado entre Machado e Poços de Caldas, radicado no Paraná, na cidade de Curitiba, Luiz Alves Jr. nos brinda com uma bela produção, tendo como título “Ensinar é Uma Arte”.  O autor descreve os desafios de jovens, que saem das Universidades sem a devida experiência da prática docente e, propõe caminhos: “busquei uma forma de mostrar a estes recém chegados, docentes em sala, um norte, sem pretensão alguma, em lidar com inúmeras situações cotidianas”.

Ao apresentar as dificuldades enfrentadas pelos jovens professores, verifica-se que, as mesmas, continuam ao longo da carreira do magistério pois que, diante da eterna novidade da vida “panta rei”, surge a antiga incerteza, no já calejado docente.  Como afirma Luiz Alves Jr., em relação às dificuldades: “são grandes desmotivadoras e, contribuem para o baixo rendimento escolar.”

Fruto de anos de pesquisas, baseadas em práticas escolares, apresenta criativas respostas aos diferentes desafios no magistério: “Na educação, não existe fórmula exata, mas cada docente pode fazer a diferença na vida de seus alunos, usando preceitos existentes na afetividade (…)”; como também, “Ensinar é vocação, não é profissão, pois vai além do que aprendemos nos bancos universitários pelos tutores e professores” (…); por fim, “(…) é nosso dever de professor tornar as aulas únicas para os alunos, mostrando que o conhecimento e aprendizado podem vir a ser agradável”.

Diante da reflexão suscitada pelo livro, algumas considerações se destacam: Primeiro, a educação vai além do ensinar é buscar a plenitude de nossa existência. Em segunda consideração, o real não se deixa revelar por palavras; eis o motivo da atenção à afirmativa de Fernando Pessoa, “precisamos aprender a desaprender’. Como explicita Luiz Alves ao citar Vygotsky: “(…) o comportamento humano funciona como uma superação, transformação; suscitando um constante aprendizado e desenvolvimento durante a existência”.

Posto em considerações finais, observa-se que, a educação antes de tudo é, formar pessoas autênticas e responsáveis e, para isso, ela necessita ser comunitária. Mesmo diante das dificuldades do ensino remoto, considera-se ser missão do professor, despertar no estudante o apelo ético à alteridade, ou seja, olhar a face do outro. Com certeza, a Educação não é individualismo, educação é Humanismo Integral!