sexta-feira, 26 de julho de 2024

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Campanha da Fraternidade: “diálogo, compromisso e amor”

Campanha da Fraternidade: “diálogo, compromisso e amor”

Com a quaresma, tem início a Campanha da Fraternidade (este ano ecumênica) trazendo o tema: “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor”, e, o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, ele fez uma unidade” (Efésios 2,14).

Com tema e lema oportunos, a Campanha da Fraternidade está em plena comunhão com o Papa Francisco, que conclama o diálogo entre as pessoas de diferentes religiões, com a partilha de valores e experiências morais e espirituais na essência da verdade e do amor, para que se superem os desafios do momento histórico, semeando esperança.

A Campanha da Fraternidade, criada pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), começou no ano de 1964 com o lema “Lembre-se: Você também é Igreja”, em um ambiente primaveril do Concílio Vaticano II. É uma atividade ampla de evangelização, baseada nos ensinamentos da Bíblia, da Tradição Apostólica e da Doutrina Social da Igreja; e, a cada cinco anos é promovida de forma ecumênica.

Entre os objetivos específicos da Campanha da Fraternidade  deste ano, destaco: “redescobrir a força e a beleza do diálogo como caminho de relações”; “denunciar as diferentes violências praticadas e legitimadas indevidamente em nome de Jesus”; “promover a conversão para a cultura do amor, como forma de superar a cultura do ódio”; “compartilhar experiências concretas de diálogo e convívio fraterno”.

À luz da carta aos Efésios 2,14, o documento base busca apelar à consciência das pessoas de boa vontade para questões sociais graves e, nos desafia a uma reflexão de como vivenciar e anunciar a Boa Nova em um período turbulento como o atual.

Não se trata de fazer apologia a uma determinada postura, escolha ou ideologia, mas, sim, de defender a vida e rejeitar a violência em uma cultura de descarte. “Eu vim para que todos tenham vida e vida em plenitude”. (João 10,10).

É evidente que a Campanha da Fraternidade irá despertar debates, incompreensões, até mesmo entre aqueles que deveriam ser testemunho de unidade na Fé (UT UNUM SINT). Não poderia ser diferente neste momento marcado pela ausência de discernimento e prudência.

Mas este é o desafio da Igreja, sinal de contradição, corpo místico de Cristo, que nasceu na grande crise da Sexta-Feira Santa; teve seu primeiro momento passado nas catacumbas e, ao longo da história, teima em vivenciar a Fraternidade a cada consagração Eucarística, servida ao povo Deus. Afinal, como está anunciado por Jesus no evangelho de Lucas 19,40: “Eu digo a vocês, respondeu ele; se eles se calarem, as pedras clamarão”.

Roberto Camilo Órfão Morais