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Calor ou frio? Outubro deve ter altas temperaturas e mais chuva no Sul

Recorde de calor foi registrado em São Paulo no mês de setembro
Paulo Pinto/ Agência Brasil – 23/09/2023

Recorde de calor foi registrado em São Paulo no mês de setembro

Após as altas temperaturas registradas nas últimas semanas de setembro em grande parte do país, a expectativa é que, em outubro, os termômetros também marquem dias mais quentes, já que picos de calor geralmente são previstos para o mês.

De acordo com a Climatempo, o histórico de temperaturas do Brasil mostra que muitos dos dias de calor registrados no ano aconteceram em outubro, como na primavera de 2020, quando o país marcou uma onda de calor que quebrou recordes.

Entre as 15 maiores temperaturas já registradas no Brasil, oito delas foram listadas em outubro de 2020, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Antes da onda de calor de 2020, as maiores temperaturas do país estavam em torno dos 43ºC. Depois desse marco, o número passou para 44ºC.

Confira no gráfico abaixo:


Há chances de uma nova onda de calor?

Segundo meteorologistas da Climatempo, é “altamente provável” as chances de acontecer uma nova onda de calor durante o mês de outubro. A previsão para o mês mostra a atuação de sistemas de alta pressão atmosférica — que impedem a formação de nuvens de chuva — até o final da primavera. Isso pode gerar novas situações de bloqueios atmosféricos e, dessa forma, levar a novas ondas de calor.

Além disso, na meteorologia, outubro já é um mês naturalmente mais quente em grande parte do Brasil, então há possibilidade de temperaturas ainda mais altas do que as registradas nessas últimas semanas.

Influência do El Niño

O El Niño vai continuar agindo durante este mês, que começou neste domingo (1º), influenciando o clima de todo o globo terrestre. O fenômeno, conforme a Climatempo, é considerado forte e deve atuar durante toda a primavera e verão de 2023/2024.

Em outubro, o El Niño deve levar mais chuva para a região Sul do Brasil e reforçar as condições de menos chuvas no Norte e Nordeste do país.

Os efeitos são preocupantes, especialmente no Sul, que registrou tempestades, inundações e enxurradas entre os dias 21 e 28 de setembro. De acordo com a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, os eventos climáticos deixaram 624 pessoas desabrigadas, 1.635 desalojadas e 47.904 afetadas, além de dezenas de mortos.

Fonte: Nacional