quinta-feira, 19 de setembro de 2024

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“A Maré não precisa de ocupação policial”, diz liderança local

Governador do Rio diz que não haverá ocupação
Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil

Governador do Rio diz que não haverá ocupação

O governador do Rio de Janeiro , Cláudio Castro, firmou parceria com o Governo Federal para atuação no Complexo da Maré , Zona Norte doRio de Janeiro. A ação integrada contará com auxílio de drones e suporte da Força Nacional. Castro afirmou que não haverá “ocupação” na Favela, apenas “combate à criminalidade”.

“Estamos preparando grandes ações para as áreas conflagradas. Ressalto que não haverá ocupação no Complexo da Maré, mas sim operações estratégicas e pontuais, começando por essa região, e depois expandindo para outras localidades”, disse o governador nesta sexta-feira(29), após reunião com secretário-executivo do Ministério da Justiça de Segurança Pública, Ricardo Garcia Cappelli.

A notícia causou tensão entre os moradores da região. De acordo com levantamentos do 7º Boletim Direito à Segurança Pública na Maré, realizado pela ONG Redes da Maré, em 2022 houve um aumento de 145% de mortes em operações policiais no Complexo. Dentre as vítimas, 81% eram homens negros .





“A Maré precisa de ocupação sociocultural”

Segundo liderança local, que preferiu não se identificar, ”A Maré não precisa de uma ocupação policial. A Maré precisa de uma ocupação sociocultural que venha influenciar na parte de econômica de maneira direta. Até hoje muitos moradores vivem os resquícios da operação de 2014”, disse o jovem negro, que cresceu na região.

Militares ocuparam o Complexo em 2014
Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil

Militares ocuparam o Complexo em 2014


Em 2014, as 2,7 mil agentes das Forças Armadas ocuparam 15 comunidades do Conjunto. Operação resultou em 16 mortes e 162 prisões em 15 dias. Além da apreensão de 101 armas e 2.252 munições.O morador detalha bastidores da ação na época.

“A insegurança era constante, a troca de tiros era muito maior. Sem falar nos casos de violações de residências. Nós, moradores da Maré, temos uma péssima lembrança desse período. Isso não resolve o problema de violência ”, desabafou.

Fonte: Nacional