domingo, 24 de novembro de 2024

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Mato Grosso decreta “emergência ambiental” por causa do calor excessivo e risco de mais incêndios

Mato Grosso decretou situação de emergência ambiental nesta terça-feira (14.11) devido ao aumento do calor e a possibilidade de aumento de focos de incêndio.

Ao todo, são 92 focos ativos (atualmente) e 64 deles estão localizados na região pantaneira. Durante o mês de novembro no estado foram registrados 2.152 focos de calor, 76% apenas no Pantanal, com a destruição de mais de 450 mil hectares do Pantanal Mato-Grossense.

O decreto, emitido pelo governo do estado, estará em vigor pelos próximos 60 dias e possibilitará a implementação de novas medidas para prevenir e combater incêndios florestais, incluindo a aquisição de equipamentos sem a necessidade de licitação.

Essa medida é uma resposta ao prognóstico de condições climáticas persistentemente quentes e secas nas próximas semanas, condições que aumentam o risco de incêndios. A preocupação se concentra especialmente no Pantanal, que nesta temporada enfrentou uma situação três vezes mais grave do que em 2022.

Os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) identificaram focos ativos de calor em Mato Grosso, com destaque para áreas como Cáceres, Cuiabá e Poconé.

A média mensal para novembro costuma ser de aproximadamente 20 mil hectares consumidos pelo fogo, mas este ano já atingiu 282 mil hectares. Diante desse cenário, foram mobilizadas oito frentes de trabalho para conter os incêndios.

Para lidar com a situação crítica, Mato Grosso está empregando cerca de 100 bombeiros militares, além da colaboração de brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) desde domingo (12.11).

O comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Alessandro Borges, ressaltou que a Defesa Civil estadual e municipal, juntamente com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT), estão trabalhando junto aos produtores rurais para controlar os incêndios.

Fonte: Pensar Agro