segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

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BYD fecha acordo para fabricar carros no Brasil e prevê 5 mil empregos

BYD Dolphin promete esquentar a briga por carros elétricos de entrada
Divulgação

BYD Dolphin promete esquentar a briga por carros elétricos de entrada

A montadora chinesa BYD – Build Your Dreams , confirmou nesta terça-feira (4) o acordo iniciar a operação de três fábricas no complexo de Camaçari, a 50km de Salvador (BA). A previsão da empresa é investir R$ 3 bilhões no Brasil e gerar 5 mil empregos diretos.

A empresa irá assumir as instalações da Ford, que deixou o país em 2021 .

O complexo será composto por três células fabris. Uma dedicada à produção de chassis para ônibus e caminhões elétricos. A outra vai produzir automóveis híbridos e elétricos, com capacidade estimada em 150 mil unidades ao ano na primeira fase, podendo chegar a 300 mil unidades. A terceira, voltada ao processamento de lítio e ferro fosfato, atenderá ao mercado externo, utilizando-se da estrutura portuária existente no local.

“Este é um momento de extrema importância para a BYD nas Américas”, afirma Stella Li, CEO da BYD Américas. “As novas fábricas no Brasil vão permitir a introdução e aceleração da eletromobilidade no país, um movimento-chave para combater as mudanças climáticas e, de fato, melhorar a qualidade de vida das pessoas.”

Com previsão de funcionamento no segundo semestre de 2024, as três fábricas devem gerar mais de 5.000 empregos. “A contribuição social será significativa. Queremos contratar mão de obra local, a partir deste ano, para que já comecem a receber todo o treinamento e transferência de conhecimento necessários”, diz Tyler Li, presidente da BYD Brasil. “Na BYD, temos o forte compromisso de contribuir e gerar valor para os brasileiros”, ressalta.

A companhia pretende contribuir para o desenvolvimento regional, dando prioridade a fornecedores locais. Para a realização de obras civis, a BYD também vai priorizar a contratação de empresas estabelecidas na região.

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), havia anunciado o acordo na semana passada.

“Nós já reunimos com ministro dos Portos e Aeroportos (Márcio França) e já dialogamos a possibilidade de a BYD ser o gestor ou apresentar empresa parceira para que o porto não fique apenas com automóveis, mas outros produtos, inclusive equipamentos para indústria eólica, investimentos de estrada, o Estado fará investimento de infraestrutura”, declarou o petista na ocasião.

Ao governo federal, a BYD solicitou condições de produção, a exemplo de revisão nas alíquotas do PIS, Cofins e IPI.

“Foi demandada uma política de incentivos tanto à produção quanto ao consumo”, disse. “Em relação à demanda da BYD ao governo federal, o presidente Lula acolheu e vai tratar com Ministério da Fazenda e da Indústria e Comércio.”

A BYD chegou ao Brasil em 2015, quando inaugurou sua primeira fábrica de montagem de ônibus 100% elétricos em Campinas (SP). Em 2017, abriu uma segunda fábrica, também em Campinas, para a produção de módulos fotovoltaicos. Para abastecer a frota de ônibus elétricos, a empresa iniciou, em 2020, a operação de sua terceira fábrica no Brasil, no Polo Industrial de Manaus (PIM), dedicada à produção de baterias de fosfato de ferro-lítio (LiFePO4).

Fonte: Economia